domingo, 20 de fevereiro de 2011

DEPUTADOS EVANGÉLICOS VOTAM CONTRA O POVO, E APROVAM O SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 545,00


Poucos dias após as eleições escrevi que este blog ficaria atento ao trabalho dos parlamentares evangélicos na Câmara dos Deputados e, sempre que necessário, não deixaria passar em branco qualquer notícia do interesse dos eleitores que lhes concederam através das urnas o direito ao exercício do mandato.
O primeiro embate foi a votação do aumento do salário mínimo. Em sua esmagadora maioria, 55 ao todo, os deputados federais, em votação nominal, votaram contra a emenda que o elevava para R$ 560,00, concordando, portanto, que ficasse em R$ 545,00 (quinze reais a menos), como aprovado em votação simbólica feita horas antes pelos líderes partidários. 11 foram favoráveis à emenda que concedia o aumento, enquanto dois se abstiveram e alguns poucos estavam ausentes da sessão.
Acesse :http://geremiasdocouto.blogspot.com/2011/02/parlamentares-evangelicos-em-maioria.html  e veja os nomes dos deputados evangélicos; que votaram contra o aumento de R$ 560,00.
Rápida análise:

  1. A votação demonstra que a maioria dos deputados federais evangélicos pertence à base aliada do Governo.
  2. Tanto os que votaram contra a emenda quanto os que votaram a favor seguiram a orientação de seus partidos.
  3. Dos deputados vinculados à Assembleia de Deus, segundo a lista da Frente Parlamentar Evangélica, 18 votaram contra a emenda, dois favoráveis, um se absteve e um esteve ausente.
  4. O deputado João Campos, vinculado à Assembleia de Deus e presidente da Frente Parlamentar Evangélica, votou favorável, mas ressalte-se o fato de pertencer ao PSDB, que orientou os seus deputados a votarem a favor da emenda.
  5. Os parlamentares evangélicos perderam, a meu ver, uma grande chance de votarem unidos em favor do aumento, que faria justiça a milhares de brasileiros, mostraria a força da Frente Parlamentar Evangélica e lhe daria credibilidade para discutir de igual para igual outros projetos que interessam ao país, sem ater-se apenas à questão dos valores, que tem sido tema recorrente nas últimas legislaturas. Onde estavam as lideranças?
  6. Este fato explica, em parte, alguns dos motivos pelos quais renunciei ao Conselho Político da CGADB. É enorme a dificuldade de fazer com que os deputados de nossa denominação votem afinados numa mesma proposta, que, embora possa contrariar os interesses do Governo, poderia atender os interesses do país e dar a eles capacidade estratégica para discutir com igual peso os grandes temas da nação.
  7. Acho, por fim, que essa votação sinaliza como será o comportamento dos deputados federais evangélicos pertencentes aos partidos da base aliada: votarão sempre afinados com os interesses do Governo.
  8. FONTE: http://geremiasdocouto.blogspot.com/

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