Diretora do Iases é detida em operação de combate à irregularidades em presídios do ES
Pelo menos cinco pessoas foram detidas na manhã desta sexta-feira (17) durante uma operação policial que cumpriu mandados de busca e apreensão na sede Instituto de Atendimento Socioeducativo de Espírito Santo, o Iases, no prédio da Secretaria de Justiça, e nos escritórios da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social, a Acadis, que é responsável pela ressocialização de adolescentes infratores.
A operação, que foi deflagrada pelo Núcleo de Repressão à Organizações Criminosas, o Nuroc, é uma força tarefa para investigar desvio de verbas no sistema penitenciário do Estado.
Caixas de documentos e CPUs de computadores foram descarregados na Delegacia de Crimes Fazendários. Segundo informações da polícia, várias pessoas foram detidas, entre elas a diretora presidente do Iases, Silvana Galina. A polícia esteve na casa dela, apreendeu documentos e computadores e a levou para a sede do instituto. Os diretores da Acadis também foram detidos.
O advogado da associação achou que a prisão dos diretores foi arbitrária. “Não tivemos acesso ao inquérito nem ao decreto prisional. A gente entende que a prisão é legal, haja vista que bastaria intimar essas pessoas para irem à delegacia prestar depoimento que eles iriam comparecer”, disse Eduardo Sarlo.
O Nuroc também esteve em algumas penitenciárias como o Presídio Feminino de Tucum, onde recolheu mais documentos e computadores para complementar a investigações. Até o final da manhã, os nomes de todas as pessoas detidas não haviam sido divulgados. Há informações de que policiais civis dessa força-tarefa ainda estiveram na casa de políticos.
MUDANDO DE ASSUNTO:
"Não dá mais para fazer obras paraguaias"
O peemedebista reclamou da qualidade das obras da prefeitura e garantiu que, se eleito, vai criar a Guarda Municipal em Cariacica
Penúltimo entrevistado na sabatina realizada pela Rádio CBN Vitória e pelo jornal A GAZETA com os candidatos à Prefeitura de Cariacica, o deputado estadual Marcelo Santos (PMDB) criticou a atual administração da cidade, comandada por Helder Salomão (PT).
O peemedebista afirmou que há "obras paraguaias" no município e que a prefeitura virou cabide de emprego. Ele prometeu apresentar projetos eficientes e, como propostas, tem a criação de uma Guarda Municipal e o corte de comissionados.
Confira a entrevista:
A candidata Lúcia Dornellas (PT) disse que na última quarta-feira o senhor fazia campanha em Cariacica na hora da sessão da Assembleia.
É verdade. Foi um caso atípico. Sou um dos deputados mais assíduos na Assembleia, mas nesse dia tive a oportunidade de caminhar com o senador Magno Malta (PR). Não vou justificar minha ausência e não registrei ponto. Não preciso nem pedir para cortar o ponto.
Algumas pessoas associam seu nome ao passado porque o seu pai, Aloízio Santos, foi prefeito de Cariacica.
Meu pai representa o passado porque ele foi prefeito de um outro tempo. Mas ele rompeu um ciclo de violência e má gestão. Em 20 anos tivemos 18 mudanças de prefeito. Não tem casa que pare arrumada. O meu pai foi o primeiro a cumprir os quatro anos de mandato, reorganizando a prefeitura administrativa e financeiramente.
Como o senhor avalia a atual administração?
Houve erros e acertos. A máquina está muito inchada. Há muitos cargos comissionados. Ele (Helder Salomão) modernizou um pouco a prefeitura, mas não alcançou os índices ideais. Não quero dizer que não houve crescimento na cidade. Houve sim. Mas temos que ter uma carteira de projetos para buscar recursos estaduais e federais. Assim teremos um volume maior de obras. É inadmissível uma cidade da região metropolitana ter ruas com esgoto a céu aberto. E temos que acabar com os alagamentos.
O senhor se compromete a acabar com os alagamentos?
Eu me comprometo a fazer bons projetos para combater e minimizar os impactos da chuva.
Isso já não é feito?
Não. Só se combate quando já há enchente. Não dá para fazer curativo nessa ferida enorme. Temos que curá-la. Temos que investir um bom dinheiro, buscar parcerias, mas sem projeto não adianta. Foi feita uma grande obra no valão Maria Preta, investiram R$ 5,4 milhões. A primeira chuva levou tudo e o dinheiro foi por água abaixo. Isso é má gestão. O projeto não atendia ao volume de água necessário. Tem que investir mais para ter obra de qualidade. Não dá mais para fazermos obras paraguaias, que você faz hoje e ela quebra em 30 dias.
As obras da atual administração são "paraguaias"?
Tem um bocado de obras que a imprensa mesmo repercute. Houve uma escola em Cariacica que caiu e duas pessoas morreram, a obra do valão Maria Preta que foi embora e tantas outras. Mas nós vamos qualificar a nossa mão de obra. É cada um no seu quadrado. Vamos ter um setor de engenharia, um setor de saúde com pessoas que conheçam de gestão. Um profissional não pode dirigir uma unidade de saúde sem ter qualificação para o cargo...
Então tem que ter projeto, investimento, qualificação... E de onde vai sair o dinheiro?
Enxugando a máquina. A prefeitura teve um aumento de 70% de investimentos em pessoal. A cidade sofreu um inchaço da sua fonte de recursos... Falta gestão. A administração colocou algumas secretarias nas mãos de partidos políticos que nem sequer tinham competência para tal. Politizou demais diante do processo eleitoral nos últimos dois anos. A prefeitura não pode ser um cabide de empregos.
Mas apenas o enxugamento da máquina basta para obter recursos?
Também. Quantidade não significa qualidade. Tem que aplicar melhor os recursos e ter projetos. Por exemplo, para uma Guarda Municipal não precisamos contar apenas com recursos próprios. Podemos recorrer ao Estado e à União, como outras cidades fizeram.
Em uma eventual gestão do senhor haveria Guarda Municipal?
Na minha gestão Cariacica vai ter Guarda Municipal, que será Guarda Civil e de Trânsito.
O peemedebista afirmou que há "obras paraguaias" no município e que a prefeitura virou cabide de emprego. Ele prometeu apresentar projetos eficientes e, como propostas, tem a criação de uma Guarda Municipal e o corte de comissionados.
Confira a entrevista:
A candidata Lúcia Dornellas (PT) disse que na última quarta-feira o senhor fazia campanha em Cariacica na hora da sessão da Assembleia.
É verdade. Foi um caso atípico. Sou um dos deputados mais assíduos na Assembleia, mas nesse dia tive a oportunidade de caminhar com o senador Magno Malta (PR). Não vou justificar minha ausência e não registrei ponto. Não preciso nem pedir para cortar o ponto.
Algumas pessoas associam seu nome ao passado porque o seu pai, Aloízio Santos, foi prefeito de Cariacica.
Meu pai representa o passado porque ele foi prefeito de um outro tempo. Mas ele rompeu um ciclo de violência e má gestão. Em 20 anos tivemos 18 mudanças de prefeito. Não tem casa que pare arrumada. O meu pai foi o primeiro a cumprir os quatro anos de mandato, reorganizando a prefeitura administrativa e financeiramente.
Como o senhor avalia a atual administração?
Houve erros e acertos. A máquina está muito inchada. Há muitos cargos comissionados. Ele (Helder Salomão) modernizou um pouco a prefeitura, mas não alcançou os índices ideais. Não quero dizer que não houve crescimento na cidade. Houve sim. Mas temos que ter uma carteira de projetos para buscar recursos estaduais e federais. Assim teremos um volume maior de obras. É inadmissível uma cidade da região metropolitana ter ruas com esgoto a céu aberto. E temos que acabar com os alagamentos.
O senhor se compromete a acabar com os alagamentos?
Eu me comprometo a fazer bons projetos para combater e minimizar os impactos da chuva.
Isso já não é feito?
Não. Só se combate quando já há enchente. Não dá para fazer curativo nessa ferida enorme. Temos que curá-la. Temos que investir um bom dinheiro, buscar parcerias, mas sem projeto não adianta. Foi feita uma grande obra no valão Maria Preta, investiram R$ 5,4 milhões. A primeira chuva levou tudo e o dinheiro foi por água abaixo. Isso é má gestão. O projeto não atendia ao volume de água necessário. Tem que investir mais para ter obra de qualidade. Não dá mais para fazermos obras paraguaias, que você faz hoje e ela quebra em 30 dias.
As obras da atual administração são "paraguaias"?
Tem um bocado de obras que a imprensa mesmo repercute. Houve uma escola em Cariacica que caiu e duas pessoas morreram, a obra do valão Maria Preta que foi embora e tantas outras. Mas nós vamos qualificar a nossa mão de obra. É cada um no seu quadrado. Vamos ter um setor de engenharia, um setor de saúde com pessoas que conheçam de gestão. Um profissional não pode dirigir uma unidade de saúde sem ter qualificação para o cargo...
Então tem que ter projeto, investimento, qualificação... E de onde vai sair o dinheiro?
Enxugando a máquina. A prefeitura teve um aumento de 70% de investimentos em pessoal. A cidade sofreu um inchaço da sua fonte de recursos... Falta gestão. A administração colocou algumas secretarias nas mãos de partidos políticos que nem sequer tinham competência para tal. Politizou demais diante do processo eleitoral nos últimos dois anos. A prefeitura não pode ser um cabide de empregos.
Mas apenas o enxugamento da máquina basta para obter recursos?
Também. Quantidade não significa qualidade. Tem que aplicar melhor os recursos e ter projetos. Por exemplo, para uma Guarda Municipal não precisamos contar apenas com recursos próprios. Podemos recorrer ao Estado e à União, como outras cidades fizeram.
Em uma eventual gestão do senhor haveria Guarda Municipal?
Na minha gestão Cariacica vai ter Guarda Municipal, que será Guarda Civil e de Trânsito.
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